quinta-feira, 23 de maio de 2013

Jean-Jacques Rousseau


       
      


   Jean-Jaques Rousseau foi um dos filósofos iluministas mais        importantes. Nasceu em Genebra, na Suíça, em 28 de Junho de 1712.   Morreu em Ermenonville, na França, em 2 de Julho de 1778, com 66   anos.
   §  Principais Obras:
         1.     "Discurso Sobre as Ciências e as Artes" (1749)
         2.     "Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens" (1754)
3.     "Do Contrato Social" ou "O Contrato Social" (publicado em 1762)
4.     Emílio, ou da Educação" (publicado em 1762)
5.     "Os Devaneios de um Caminhante Solitário" (1776)
§  Ideias Mais Importantes:
1.     Visão de total liberdade no estado de natureza do homem
2.     Vontade geral
3.     Educação centrada na criança
4.     Amor-próprio
5.     Soberania do Povo
6.     Liberdade Positiva
7.     Corrupção da sociedade civilizada
Em 1762, Rousseau começou a ser perseguido na França e em Genebra, porque suas obras foram consideradas um ultraje aos costumes religiosos e morais. Como era adepto de uma religião em que o homem poderia encontrar Deus em seu próprio coração, ele rejeitou a religião revelada é fortemente censurado. Chega a ter suas obras queimadas.
Um fato que marcou o final de sua vida é que depois de fugas às perseguições, ele começa a levar uma vida solitária e retirada. Seu grande interesse por botânica, fez com que ele recolhesse espécies e montasse um herbário.
Rousseau é considerado o "pai da democracia moderna", porque ele disse que o povo é soberano e a vontade da maioria deve prevalecer.

Montesquieu

Charles-Louis de Secondat

Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu  nasceu em 18 de janeiro de 1689, em Bordeaux, na França, no Castelo de La Brède, propriedade da família. A mãe, Marie Françoise de Pesnel, tinha origem inglesa e de família com negócios na área de vinhos e o pai, Jacques Secondat de família nobre francesa.Seu aprendizado inicial foi em casa e somente aos onze anos entrou para o Colégio Juilly. Era um colégio que tinha como alunos os filhos das mais ricas famílias, comandado por padres oratorianos que ensinavam os alunos utilizando a doutrina iluminista da época. Aos 16 anos entrou para a faculdade de Direito da Universidade de Bordeaux. Em 1715 casou-se com a rica Jeanne de Lartigue. Um ano depois, com a morte de um tio, herdou uma fortuna, assumiu a presidência do parlamento de Bordeaux e foi nomeado Barão de Montesquieu.
Iniciou, na Academia de Bordeaux, estudos na área do direito romano, biologia, física e geologia.
Com estes estudos, Montesquieu pode se aprofundar no estudo iluminista que tinha iniciado no Colégio Juilly, aliando as ciências naturais e as questões humanas. Em pouco tempo o autor publicou textos sobre o assunto, como Les causes de l'écho, Les glandes rénales e La cause de la pesanteur des corps.
Sua primeira obra de maior foi publicada em 1721, intitulada de "Cartas Persas", que é uma sátira aos costumes e filosofia francesa. O autor imprimiu uma alta dose de sarcasmo colocando dois viajantes persas em Paris, trocando correspondências sobre a França com amigos na Pérsia. Nesta obra a crítica às autoridades políticas e religiosas, bastante comum entre os iluministas, é constante em todo o livro. Por meio dos dois personagens Montesquieu aproveita para criticar tudo o que o incomodava na sociedade francesa da época.
Depois do êxito alcançado com "Cartas Persas" foi admitido nos grandes círculos intelectuais de Paris. Aos 39 anos foi estudar na Academia Francesa e como parte dos estudos iniciou uma maratona de viagens pela Europa que proporcionaram a Montesquieu a oportunidade de conhecer obras importantes para sua formação. Depois de passar pela Itália, Holanda e Alemanha terminou sua peregrinação na Inglaterra lugar onde concluiu sua formação intelectual. Na ilha relacionou-se com os círculos políticos, entrou para a maçonaria e para a Academia Real. Neste período teve grande contato com a doutrina iluminista. Com a conclusão das viagens Montesquieu ficou recluso por dois anos, dedicando-se exclusivamente a escrever.
Montesquieu fascinado pelo progresso das Ciências Físicas/Naturais e de suas descobertas a respeito das leis que regiam o mundo físico, tratadas diversas vezes em seus ensaios propôs a partir daí que a realidade social, semelhantemente, também devia reger-se por leis. E por conseguinte trocou sua Magistratura pelo estudo para desvendar as leis sociais. Tendo tomado conhecimento dos vários problemas sociais da Europa, além de ter sido um grande leitor e conhecedor dos impérios antigos, tais como: Roma, Grécia, Cartago, Egito, Pérsia, China, Macedônia, Japão e os povos Hebreu, Árabe, Turco, dentre outras etnias e países.
Nesse período escreveu sua principal obra, "Do Espírito das Leis" que se tornou referência mundial para advogados, legisladores e outros cientistas sociais. A obra faz um vasto estudo nas áreas de direito, história, economia, geografia e teoria política que percorreu mais de dez anos até sua publicação em 1748.
Ele sofreu ao mesmo tempo uma avalanche de elogios e de represálias de todos os lados. Chegou a publicar posteriormente um livro resposta chamado "Defesa do Espírito das Leis". O autor faleceu em fevereiro de 1755. Encontra-se sepultado na L'eglise Saint-Sulpice, Paris na França. A teoria política criada por ele e que se reflete na divisão dos poderes estatais, por exemplo, são aulas de vida para acadêmicos e políticos até os dias de hoje.
  • Montesquieu defendia a divisão do poder em três:
    • Poder Executivo (órgão responsável pela administração do território e concentrado nas mãos do monarca ou regente);
    • Poder Legislativo (órgão responsável pela elaboração das leis e representado pelas câmaras de parlamentares): o poder legislativa era dividido em dois: a câmara do lordes, indicados pelo rei, representando a aristocracia, e a câmara dos comuns, de representantes eleitos pelo povo.
Montesquieu não considerava o Judiciário como um dos Poderes.
  • Era a favor Monarquia Parlamentar.
Outra importante teoria de Montesquieu trata das relações das formas de Governo e seus princípios, segundo o autor as formas seriam as seguintes:
  • República - Democracia (Princípio–Patriotismo)
*Formas de Governo
  • Aristocracia(Princípio–Moderação)
  • Monarquia (Princípio-Honra)
  • Despotismo(Princípio – Terror)
Montesquieu atribuiu mais algumas classificações a estas formas de governo, tais como:
*Formas Puras:
  • Monarquia: Governo de um só
  • Aristocracia: Governo de vários
  • Democracia: Governo do povo
*Formas Impuras:
  • Tirania: Corrupção da Monarquia
  • Oligarquia: Corrupção da Aristocracia
  • Demagogia: Corrupção da Democracia

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Jean le Rond d’Alembert
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Biografia:

Nascido em Paris, era filho ilegítimo do Cavalheiro Destouches, oficial das forças armadas (filho legítimo da marquesa Claudine Guérin de Tencin, escritora), d'Alembert foi abandonado por sua mãe nos degraus da pequena capela de Saint Jean le Rond, próxima à Notre-Dame de Paris. Seu pai não estava presente na data do seu nascimento. Foi adotado por um vidraceiro pobre e sua mulher, conhecida como Madame Rousseau, que cuidou de d’Alembert como se fosse seu filho, e deu o nome do local onde foi encontrado –Le Rond, qual representa um santo a que a mãe era devota(o santo protetor da capela). A verdadeira mãe sabia onde ele se encontrava e quando apresentou sinais de ser um gênio quis ficar com ele. "Você é apenas a minha madrasta" disse-lhe o rapaz "a mulher do vidraceiro é a minha verdadeira mãe". E com isto abandonou-a como ela o havia abandonado. O Cavalheiro Destouches (seu pai) foi obrigado por lei a pagar pela educação de seu filho bastardo. D'Alembert estudou teologia no Collège des Quates Nations e formou-se em Direito (1735-1738), mas só depois descobriu a sua vocação para a Matemática e Física. Tendo se tornado famoso, d’Alembert sempre teve orgulho de declarar que o vidraceiro e sua mulher eram seus pais e cuidou para que nada lhes faltasse (eles preferiram continuar vivendo em sua modesta casa). Mais tarde,a celebridade conseguida graças ao seu trabalho sobre o Cálculo Integral permitiu-o de entrar no colégio das ciências em 1741 com 24 anos de idade. Dois anos mais tarde, ele publica O Tratado da Dinâmica. Onze anos depois, foi nomeado membro da Acadèmie Française, de onde foi eleito secretário perpétuo em 1752.
Durante sua vida, d’Alembert participou ativamente das duas academias, contribuído com suas diversas descobertas. Manteve também correspondência com os nomes mais notáveis da época como Voltaire, Rousseau, Euler... Seus principais feitos foram no campo da astronomia e em matemática, com estudos de equações com derivadas parciais e seu uso na física. Também provou que todas as equações polinomiais a uma variável de grau N tem exatamente N soluções.
Porém, é mais conhecido por seu trabalho em parceria com Denis Diderot, reunindo todas as descobertas científicas da época em um livro denominado “Encyclopédie”, no qual foi responsável pela redação de vários artigos e pela elaboração do prefácio.
Faleceu no dia 29 de Outubro de 1783, em Paris.

Obras:

Era escritor, filósofo e matemático, autor dos livros Discours préliminaire de l'Encyclopédie, Elogios acadêmicos e Tratado de dinâmica.
Suas pesquisas em física eram relacionaram-se à mecânica racional; princípio fundamental da dinâmica; problema dos três corpos; cordas vibrantes e hidrodinâmica.
Em matemática estudou as equações com derivadas parciais; equações diferenciais ordinárias; definiu a noção de limite; inventou um critério de convergência das séries; demonstrou o teorema fundamental da álgebra, que afirma ter toda equação algébrica pelo menos uma raiz real ou imaginária (teorema de D’Alembert-Gauss).
D'Alembert foi o primeiro a chegar a uma solução para o extraordinário problema da precessão dos equinócios. Seu trabalho principal puramente matemático, foi sobre equações parcialmente diferenciais, particularmente em conexão com correntes vibratórias.
Disse a frase: "A Morte é um bem para todos os homens; É como a noite desse dia inquieto que se chama vida". 




  John Locke
                                                                                                         Inglês, nascido em Wrington, 29 de agosto de 1632 — morreu em  Harlow, 28 de outubro de 1704.

Principais obras:
- Cartas sobre a tolerância (1689)
- Dois Tratados sobre o governo (1689)
- Ensaio a cerca do entendimento humano (1690)
- Pensamentos sobre a educação (1693)
  Essas obras são escritos políticos.

Ideia mais importante:
Era considerado o pai do Liberalismo político, dizia que se os governantes não respeitassem os direitos naturais dos homens, eles não tinham o direito de se revoltar contra eles.

Curiosidades:
Alguns acadêmicos têm observado que as convicções políticas de Locke são derivadas de sua visão religiosa. A trajetória religiosa de Locke inicia-se no calvinismo trinitaniano, mas com a vez das Reflexões (1695) (obra feita por ele)  defendeu não apenas visões socinianistas mas também a Cristiologia Sociniana, com a crença na pré-existência de Cristo. John Locke também possuía uma visão ariana.
Contexto em que viveu:
O período E o país em que Locke nasceu foram marcados por conflitos políticos, religiosos e sociais, intensos e incessantes, tendo como palco duas marcantes tormentas, que miravam sacudir as bases monárquicas absolutistas inglesas: a Revolução Gloriosa e a Revolução Puritana. A partir da crítica e da razão, formulou a compreensão da bondade natural humana e sua capacidade de construir a própria felicidade, ideias que confrontavam as bases teóricas do estado absolutista.

Como sua ideia é vista hoje em dia:
Antigamente suas ideias foram vistas como ameaças
Hoje em dia a ideia de Locke é vista como uma ideia brilhante, pois apesar de centralizar o conhecimento na experiência, Locke deixa bem claro que a capacidade de conhecer é inata. O pensamento de Locke sobre o conhecimento foi uma grande contribuição para filósofos posteriores que se dedicaram à mesma temática.

Denis Diderot


                     
                        Denis Diderot    
     

     Denis Diderot (Langres, 5 de Outubro de 1713 — Paris, 31 de Julho de 1784) foi um filósofo e escritor francês.
     A primeira peça relevante da sua carreira literária é Lettres sur les aveugles a l’usage de ceux qui voient (Cartas sobre os cegos para uso por aqueles que veem), em que sintetiza a evolução do seu pensamento desde o deísmo até ao cepticismo e o materialismo ateu, e tal obra resultou em sua prisão.
     Sua obra prima é a edição da Encyclopédie (1750-1772) ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers (Dicionário razoado das ciências, artes e ofícios), onde reportou todo o conhecimento que a humanidade havia produzido até sua época. Foi editada por Diderot e Jean d’Alembert (que abandonou o projeto antes do término), tendo demorado 21 anos para isso. Foi composta por 21 volumes. Mesmo que na época o número de pessoas que sabia ler era pouco, ela foi vendida com sucesso. Denis conseguiu uma fortuna. Deu continuidade com empenho e entusiasmo apesar de alguma oposição da Igreja Católica e dos poderes estabelecidos.
     Inicialmente, sua obra foi vista como perigosa, pois continha opiniões de pensadores iluministas como Rousseau, Voltaire, Montesquieu, entre outros, que faziam duras críticas ao Antigo Regime, que era caracterizado pela Monarquia absolutista, por concentrar privilégios à nobreza e ao clero, pela intolerância religiosa, pelo mercantilismo e a falta de liberdade.
     Atualmente, a Enciclopédia é bem aceita, pois reúne todo o tipo de conhecimentos gerais que enriquecem a mente, e torna as pessoas mais bem informadas e instruídas.
     Depois da Enciclopédia, Diderot escreveu também algumas outras peças teatrais de pouco êxito. Faleceu em 31 de julho de 1784. Encontra-se sepultado no Panteão de Paris, na França.